Bolinho Caipira - Tesouro culinário do Vale do Paraíba
- Viviani Leite
- 15 de jan. de 2018
- 2 min de leitura

Quem é do Vale do Paraíba não imagina uma quermesse sem ele. Faz parte da história do vale e desde criança é uma de nossos quitutes mais adorados! Tanto que é um susto quando a gente cresce, sai da cidade por algum motivo e descobre que em outros lugares do mundo o bolinho caipira não está presente entre as iguarias dos festejos juninos. Quem não é daqui quando descobre vira fã e sempre quando volta lembra dele. Feito com uma massa de farinha de milho, fica super crocante, é recheado tanto com carne bovina ou suína, tem este formato porque nos primórdios era feito com um pirão de farinha de milho branca pra envolver um lambari pescado no rio paraíba e moqueado em brasa pelos índios e depois, pelos ribeirinhos.

O bolinho mais antigo era feito com farinha de milho branca, já que que registros históricos dão conta de que a farinha de milho amarela só entrou na cozinha e na mesa do homem caipira muitos anos apos a branca, pois a amarela era servida somente como alimentação animal.
São José e Jacarey brigam pela paternidade do "Bolinho Caipira", já presenciei discussões tentando provar qual o mais gostoso. O de Jacareí de fato, é o mais antigo feito com farinha de milho branca e recheado com linguiça.
Em São José ele é recheado com carne moída bovina - nasceu após a industrialização na região e com açougues já populares nos bairros da cidade. Como tradicionalmente se usa carne moída crua, em seu tempero vai muito limão, o que garante uma carne tenra e com um sabor azedinho de fundo que faz a gente salivar só de pensar! Hoje em dia ganhou outros recheios. Com a popularização do vegetarianismo e do veganismo, se vê por aí por aí recheados com queijos e cogumelos. Mas sempre com massa crocante e temperada, arrisco dizer que o bolinho caipira é sem dúvida alguma a comida mais esperada da festas juninas! Vai dizer que não?
Texto pulicado no primeiro blog da Chimbica em 2010
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